Será?

Até o dia 23 de agosto, os deputados federais vão votar, em plenário, o pedido de cassação da deputada Jaqueline Roriz (PMN). O Código de Ética, da Câmara dos Deputados, determina que os processos instaurados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, referentes à perda de mandato, devem ser discutidos no plenário da Casa, em até 90 dias. A assessoria da Presidência da Câmara informou que o processo contra a deputada Jaqueline foi instaurado no dia 11 de maio. A contagem de dias foi suspensa durante o recesso parlamentar. Então, dia 23 de agosto é a data limite para que os deputados federais decidam se Jaqueline Roriz perde a vaga na Câmara ou não. Para a deputada ser cassada é necessário a aprovação da maioria absoluta da Câmara. Isso quer dizer que, pelo menos, 257 dos 513 deputados federais precisam ser favoráveis à perda de mandato da parlamentar. Caso contrário, Jaqueline Roriz continua ocupando a cadeira conquistada nas eleições do ano passado. A votação é secreta. Se for cassada, a deputada pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Jaqueline responde ao processo por quebra de decoro parlamentar por ter sido filmada recebendo, ao lado do marido, Manoel Neto, em torno de R$ 50 mil de Durval Barbosa, delator do esquema investigado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Depois da divulgação das imagens, a deputada afirmou que o dinheiro foi usado na campanha eleitoral de 2006, quando ela foi eleita deputada distrital.

Colaborou a jornalista Katiana Rabêlo.