segunda-feira, agosto 15, 2011

Pão e circo

A Polícia Civil de Brasília está investigando fraude envolvendo a empresa Ailanto Marketing contratada para a realização do amistoso da Seleção Brasileira de Futebol, realizado em Brasília, em novembro de 2008, contra a Seleção de Portugal. O jogo marcou a reinauguração do estádio Bezerrão no Gama, cidade do Distrito Federal. No G1, com informações do Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, diz que neste último sábado, dia 13 de agosto, uma equipe com 12 policiais do DF foi ao Rio de Janeiro para cumprir mandados de busca e apreensão na sede da empresa. Segundo o site, a polícia de Brasília afirma que para negociar com o governo do Distrito Federal, a Ailanto Marketing obteve do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a cessão de direitos sobre o jogo. A festa, organizada pela empresa, custou R$ 9 milhões ao governo do Distrito Federal. Segundo as investigações, a empresa, de propriedade de Vanessa Almeida Precht e de Alexandre Russel Feliu, iniciou suas atividades pouco mais de um mês antes da realização do amistoso. De acordo com a polícia, a Ailanto Marketing não possuía sequer telefone fixo e tinha um capital social de apenas R$ 800. Ainda segundo a investigação, o então governador José Roberto Arruda, ao assinar contrato com a empresa, juntamente com o então secretário de Esportes, Aguinaldo Silva de Oliveira, ignorou a decisão da procuradoria do Distrito Federal, que considerou imprestáveis os motivos que justificavam o valor do espetáculo. A polícia afirma que o rombo nos cofres públicos do Distrito Federal ultrapassou os R$ 9 milhões, uma vez que as despesas com o jogo, que eram de responsabilidade da empresa Ailanto Marketing, foram pagas pela Federação Brasiliense de Futebol, à época presidida por Fábio Simão, que também foi chefe de gabinete do ex-governador Arruda. O advogado do ex-governador José Roberto Arruda, Edson Smaniotto, disse que há exceções que permitem aos governos fazer contratos sem licitação. Para o advogado, por exemplo, não há como fazer licitação quando se trata de Seleção Brasileira. Fábio Simão disse que em nenhum momento os R$ 9 milhões referentes à promoção da partida passaram pela Federação Brasiliense de Futebol. O assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, informou que os jogos da Seleção Brasileira são vendidos a uma empresa da Arábia Saudita, que detém os direitos de negociação, contratação e produção dos eventos. Segundo o assessor da CBF, deveria ter sido esta empresa a vendedora dos direitos à Ailanto Marketing. Portanto, diz o assessor, a CBF não tem relação com as irregularidades.
Então tá...

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